quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

a transparência...

Ao escolher esta foto, tirada esta semana, em Setúbal, queria escrever um post sobre o dia, bastou observar algumas coisas para mudar o tema.

Incomoda-me e muito a falta de transparência, o oportunismo e a habilidade, fazem parte de um mundo, em que me sinto deslocada.

Sempre fui muito frontal, com muitos dissabores que amargam, mas que me dão a tranquilidade indispensável á minha sobrevivência, o meu pai sempre me disse que "é preferível uma verdade cruel, do que uma mentira".

Sou do tempo da verdade, do trabalho em que não se podia constestar, e eu sempre contestei, sou do tempo de valores que vejo arredados...

Os nossos empregos são prova evidente da falta de transparência...

"O corte e costura" é o diário de um dia, em que uma "bainha" está cheia de pontos cruzados... amaranhados... e o modelito até parece perfeito...

O meu ano de 2011, foi muito bom...a minha Matilde e os meus últimos 4 meses, estão recheados de coisas muito boas.

O tal ditado que " fecha-se uma janela e abre-se uma porta" é bem verdade. (Isabel, já estou nos provérbios!!!!!)

Vou fechar o meu ano nas viagens do pensamento, com um voto pela transparência...e na transparência, eu coloco em doses qb, o respeito...a verdade...

Uma semana tranquila, cheia de coisas...boas

Em 2012, vou continuar a escrever posts, sobre pensamentos...questões...sentimentos...

O meu 2012, está recheado de projectos e sonhos, que quero transformar em realidade.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

o amor...e a sua essência...

Ontem quando postei no blog, seria o meu último escrito na semana, mas...

Uma noite repousante, após várias tarefas diárias, a alegria da minha mãe, que cantava nas 2 únicas músicas que sabe ( e muito melhor que eu) criou uma vontade de escrever...

Paz, tranquilidade e amor, um estado que há muito esperava na minha vida.

O amor...na sua essência, o amor... de estar bem comigo, com a minha saúde, com o meu trabalho, o amor...de ter na minha existência pessoas e afectos únicos na vida.

O amor...da Matilde, a criança feliz de uma família feliz. A Matilde fica no restaurante no meio do barulho, participa na festa, adormece sózinha e olha e brinca e ri...

O amor...e a sua essência... A Matilde tem 8 meses...

Só quero ser eu...e a minha nova vida...

AMO...hoje e amanhã, estou feliz... sou existência de uma vida que tanto procurei...

O amor...e a sua essência...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

o Natal...e os abraços...



Este é o meu post antes da consoada e é um post de alegria, pelo ano que trouxe a estrela maior à nossa vida. A Matilde.

Quando ontem, após um jantar de aniversário na "casa" de uma das minhas rainhas, a Ana sofia, fiquei no silêncio, ter fé e acreditar são passos, que nos levam a um caminho de futuro e bem estar. Como eu te disse ontem ao telefone " tu tinhas que ter esta felicidade".

Obrigada Ana Sofia, por seres a pessoa doce e brilhante, ter o Ino na tua vida, é a prova mais evidente que o amor, quando verdadeiro pode sempre esperar e ele Rainha ama-te...

Cheguei a casa e ao ler o correio electrónico, havia um email triste de uma amiga, que atravessou um ano dífícil, na terça-feira num centro comercial, encontrei outra amiga, com uma tristeza estampada no rosto, abraçamo-nos e nos breves minutos , recordamos e gostei do que me disse " porque não falei consigo?" Força querida, vai conseguir...

E é Natal, como já postei, fechei as portas ao consumismo, e nas minhas viagens existe uma tranquilidade...Conquisto diariamente uma paz, que me preenche, no que possuo na vida...

Abraços amados e sentidos, abraços a quem amo e como já postei sou muito rica de afectos.

Um abraço grande a uma amiga que "teria de ser sagitário" a Andrea é uma mulher inteligente, minha seguidora, uma mulher especial, é uma mulher do Norte...Parabéns.

O meu Natal ...e os abraços, um Natal com tanta riqueza...

Um abraço para a Casa Ronald McDonald Rj, e que nos Natais, seja dado ás crianças com cancro, e a todas as crianças "Senhor!"as oportunidades... ás crianças, aos pais, o meu abraço...

Para os meus amigos um Natal cheio de abraços...vocês são os únicos...

Á minha família...a vossa existência é a minha vida ... e um abraço muito especial para ti...tst...

Um natal cheio de paz, amor e abraços...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

a casa que o amor construiu...



A casa que o amor construiu...

Abraçar é essencial á minha vida... O abraço é de um amor inexplicável...

Na minha caminhada por várias acções, o voluntariado tomou forma e as causas tornaram-se , por vezes injustas, no que não se sabe dar...

O tempo, dá-nos a sabedoria, para poder gerir o nosso tempo, em abraçar a nossa família, os nossos amigos, os animais, as causas...

A ordem é comandada pelos instintos, não sei para onde vou...só sei que vou...

A Casa Ronald McDonald RJ, tem o compromisso em oferecer uma " uma casa longe da casa"...A casa iniciou-se no Rio de Janeiro.

Falar de causas justas, como é esta casa, é para mim, crescer...Desde a sua fundação em 1994, a Casa já recebeu mais de 2000 pequenos pacientes em tratamento contra o cancro e respectivos acompanhantes, e as crianças...Senhor...

A primeira Casa Ronald McDonald, foi inaugurada em 1974, na Filadélfia e hoje são mais de 307 casas, em 30 países, Portugal tem também a sua Casa, junto ao Hospital D.Estefânia, em Lisboa.

Estou a Abraçar A Casa e a apoiar projectos para os " meus meninos" e toda a acção desenvolvida pela organização ás crianças e acompanhantes.

E como na vida real, o importante é o acto de abraçar. Não importa como e quantas vezes, o importante é o ABRAÇO...

Conhecer o site http://www.casaronald.org.br/ e abraçar a Casa, deu-me dor, mas muita luz...

A casa que o amor construíu...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

a dor...e a alegria... do Natal



A crise que sempre ouvi falar, tomou consciência e nunca como agora, existem restrições.

A alteração dos comboios da linha de Sintra, provocou também um acerto nas minhas rotinas diárias. Mais uma vez optei por antecipar a minha viagem diária. Cheguei ainda mais cedo, com 45 minutos.

Vi pessoas a dormir nos recantos, nos bancos dos autocarros, fiquei em observação sobre 2 pessoas, uma mulher e um homem, ambos de meia idade, ou talvez mais.

Tinham roupa em camadas e quando passei, olharam para mim com uma expressão que me doeu...

E o Natal...a dor que li nestas pessoas, obrigam-me a questionar e reflectir sobre a existência de um ser, que chega a mais de meio século de vida e ali está, de olhos postos no vazio, sem uma única vontade. Que histórias há para contar?

O individualismo é latente, Que gente olha para o grupo?...Vagueio pela rua e os meus olhos muitas vezes choram, pelo pior... e pelo melhor...

Desde há 9 meses, que tenho um partime aos fins de semana, contacto com muitas pessoas e independentemente das suas idiossincrassias, assisto a um colectivo que muito me agrada.

E o Natal é também o amor...a amizade...e a dor...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

experiências de vida...



Estar ausente na escrita no meu blog, cria um vazio, que estava longe, mas mesmo muito longe de pensar que alguma vez iria existir.

A idade dá-nos rugas, mas...uma experiência de vida...um encontro...

É nesta viagem que percebo o quão importante da existência do meu pai. E...pai apesar de partires cedo deixaste um legado, que irá acompanhar-me até ir para teu lado. Amo-te Pai.

Vou transcrever um poema de Emílio Lima, um homem de amor, um homem poeta, que olha para a sua poetisa, com uma intensidade e um pensamento...

Cor da Dor

quis perceber
a cor da dor tão lesto lembrei que
compreender a dor
é não viver o amor
albergando o dissabor

sou um simples sonhador
na capa do pastor
desprezo o rancor
e sonho com os sonhos
não com a realidade
deixara de sonhar
se o sonho fora
igual a realidade

"Na flor do ser"
Emílio Lima

Para a Edvi, para ti e para as gerações, as viagens do pensamento vão estar sempre convosco.

Experiências de vida...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

as crianças e a sua dor...

Dezembro, o mês que por artes mágicas, pelo negativo e pelo positivo tudo acontece...

Como já falei, desde os jantarinhos á troca de presentes, são actos, que tal como uma bola ou o azevinho, estão na árvore, estáticos e sem luz.

É com alguma dor que assisto a algum carnaval nesta altura do ano. O teatro da vida acentua-se e a mágoa, a observação, o desalento...


Quando saí da empresa, onde estive 19 anos e que continuo a amar, avancei com um projecto pessoal e em paralelo comecei a fazer voluntariado na "ajuda de mãe".

O meu processo de aprendizagem na "ajuda de mãe" foi muito intenso. Fiz feiras, vendas de Natal, peditórios, entreguei cabazes a famílias, dei aulas e ajudei no berçário.

Durante 18 meses, semanalmente as minhas actividades eram no berçário, os "meus meninos" desejados pelas mães, eram os príncipes de tudo...no carinho com que lhe dava o leite, no adormecer...

Para um natal, onde a criança deveria ser o "menino Jesus" parte do poema de



Augusto Gil



Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança

descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…


Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim
!Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração

Mas as crianças...Senhor...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

o mar do tempo...


Adquirir o bem estar interior, são passos morosos e nem sempre atíngiveis.

O equílibrio pode ser passageiro e na maioria assim é. Não falo de felicidade, que essa é um acto de conquista diário, mas...o tal bem estar que nos transporta a um extase imaginável.

O meu mar em S. Pedro do Estoril, conhece tudo de mim, os meus choros, a minha tristeza e a minha felicidade, conhece o meu ar sombrio e os meus sorrisos. O meu mar com o seu sussurar ouve numa música que nos embala, o contar de algumas histórias.

O "dia" é efectivamente uma história para contar e celebrar. O "dia" não tem dia específico, não tem tempo, mas tem um tempo.

Um tempo com alma, um tempo de partilha, um tempo de amar.

Esse tempo irá acompanhar-me na minha história para contar. Os passos são lentos, vividos, saboreados.

O tempo é aragem...é frio...é calor...é sempre luz...

Não era para falar de um caso, que vou evocar, o caso do Sousa. O Sousa acompanha-me algumas vezes no blog. Atravessou um período menos bom, que está a recuperar, é a pessoa especial, os " teus amigos"... que sorriem e que dão a tal força...aguardam com olhos de lince, a tua queda...para te devorarem.

Sousa, a vida é um livro, com ínicio, meio e fim, não fujas a esta questão, não procures o impossível, no possível encontra espaço e dialoga. Eu estarei a teu lado e o teu telefonema disse isso.

O tempo é o mestre da vida...

domingo, 27 de novembro de 2011

o ano da mudança...









Entrei em 2011, com uma mão cheia de coisas para realizar. Os acontecimentos recentes tinham criado alguma imaginação...mas o imaginário, tal como o seu significado, é hipotético...ilusório.

A minha amiga Husseim, diz sempre, que só se desilude, quem se ilude, e o acto de ilusão é a miragem que se perde...

O que encontrei no ano que está quase a acabar, foi a realização de factos e conhecimentos muito longe de esperar e que me encheram de luz, de brilho e de cor.

A Matilde apareceu nas nossas vidas e sózinha enche qualquer casa, uma Rainha de boa disposição e com um sorriso sempre presente. A felicidade da Matilde é visível, ela pertence a uma família feliz. Parabéns pais.

A amizade solidificou-se com muita intensidade. O apoio é constante e hoje não vivo sem ele.

A amizade é inesgotável e os conhecimentos recentes, dão-me uma parte de paz, que tanto ambicionava.

Ontem quando a Sofia apareceu no meu emprego de fim de semana e me deu a grande novidade, encheu-me de orgulho.

O meu cunho Sofia está também em ti, tu pela tua luta, tinhas que ter o melhor

O ano foi assombrado pela morte do Zé, mas tu meu amigo, pai dos meus filhos, estavas em paz e nós vamos sempre olhar para ti.

Estou feliz, sou feliz, a minha vida é feita de cor...brilho...luz...

A Maya vai estar connosco e seremos felizes

O ano da mudança...acreditar sempre

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

a luz...

A luz...essencial á vida, é em cada dia que passa uma réstea, que desperdiçamos de uma forma gratuita...

A minha família e os meus "verdadeiros"amigos, conhecem-me e sabem que a minha vida sempre pautou, por valores muito exigentes. Sempre dei sem limites, sem pensar na troca, a minha história de vida é feita de tanta coisa...

Ao sair do emprego, caminho vagarosamente, a Praça do Rossio é o meu palco, a luz , as pessoas, o conflito, uma praça onde existe tudo,desde alguem que passa por nós e nos dá um abraço, porque...todos os dias são dias de abraço, ao pedinte, que alheio á praça, dorme sobre um edredon vermelho.

São os pensamentos e a reflexão de um dia, que me acompanham, é análise fria, de quem só sabe olhar para si, é o sorriso e a gargalhada dos contactos telefónicos, o saborear de quem me adoça...

E as minhas Marias...são poucas, mas enchem a minha existência, e tu amiga... de serviço nocturno, tens uma gargalhada gira...

Eu quero acreditar que um dia, a minha praça vai estar cheia de abraços, que haverá pessoas e luz...

As noites nunca são iguais...são cheias de luz...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ter tempo...é a vitória da vida...

Rossio Lisboa - estação de comboios





Um fim de semana, mergulhado como habitualmente em trabalho!! mas...sempre com tempo...

"Um dia..." vou acalmar, é essencial, quem me conhece, mas ... sabem da minha paixão em tudo o que faço. Nunca vivo ao lado das coisas, vivo dentro das coisas...

Uma sexta-feira caótica de trânsito, com chuvas torrenciais, e um jantarinho em família (tardio), no entanto muito "caliente".

Xia, tinha tantas, mas tantas saudades tuas...desde a tua doçura ao teu feitiozinho, como sempre disse a "Rainha Isabel II, é chinelo". Nunca esqueças amor, tu , tens a magia na alma e vais conseguir ter tudo...

Gostei muito dos passos de dança " meio pimba"!!! e logo veio á memoria, as nossas férias Tunisinas...

Na quinta-feira, num encontro dentro da hora com a Zézinha, sentadas num banco de pedra, frente à estação do Rossio, eram 18h, o fim da tarde era luminoso, as luz do projector da palmeira, iluminavam os nossos rostos.

Entre um chocolate, fotos e muitos risos, optamos por ir jantar. Quando entramos na sala do restaurante "Bonjardim" o primeiro a assar frangos no espeto em Lisboa, eram 18h40, a tradição ás vezes é o que é...

O frango, as batatas., o esparregado, o vinho...e claro, a celebérrima tarte de maçã com chantilly...um local de tradição, um atendimento muito atento e simpático.

Zézinha, uma das minhas companheiras de viagem...o teu riso e a tua amizade encheram a praça...

Ter tempo...é a vitória da vida...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

um dia...e razão porque é essencial...






Um dia...












No dia 21 Dezembro 2010, recebi de presente o livro "Um dia" de David Nicholls, deveria eternizar aquele " dia"

"Foi para mim um dia memorável, pois exerceu sobre mim grandes mudanças. Mas o mesmo sucede em qualquer vida. Imagine eliminar-lhe um determinado dia e pense no quão o seu curso teria sido " uma das frases de Charles Dickens.

O meu "um dia " acompanhou-me nas minhas viagens do pensamento, no silêncio, no almoço fugaz, no telefonema, um dia...percebi que quando se é especial, é-se especial para sempre.

Olhava o mar da "foz do Lisandro" e...o dia tinha a magia, apesar de o livro da violência, do ultraje, da vida...


A minha mãe evoca repetidamente, o que aconteceu aquando do meu nascimento " uma cama muito bonita , onde a gata entendeu ser a sua cama, para o nascimento das suas crias". Vou perceber um dia...porquê?, não é causa...é o efeito...

O meu dia existe, quando tu... e tu... e tu entendem, telefonam, dão força, tiram do trabalho em 30 minutos para o almoço fugaz. Quando a intensidade e o brilho tem sempre sol.


"Para que são os dias?
É nos dias que vivemos
Chegam, acordam-nos
Vezes e mais vezes
São para sermos felizes neles
Onde havemos de viver senão nos dias?"
Philip Larkin


Onde havemos de viver senão nos dias...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

o apreciar da existência...

"uma nota dos Prazeres da carne- o descobrir e a existência..."


O apreciar da existência dos bens...é um bem que cultivo no meu dia a dia.

Este dia a dia é feito sempre de muita coisa, e a minha medida de tempo é célere.

No sábado, um grupo de amigos juntamo-nos para jantar, trabalhei todo o dia, estava constipada e chovia, o risco era médio, face ás minhas condições físicas, mas...

Jantar nos "prazeres da carne" é maravilhoso. O restaurante é sobre o mar do guincho, com uma envolvência soberba. Chovia bastante, estava frio, mas...a degustação, o ambiente da sala, os troncos, o calor e os risos da "amiga" Olga, fazem todo o resto.

A minha noite não tinha acabado, debaixo de chuva, tirei fotos, ouvia-se o mar e o encantamento mantinha-se, para os meus AMIGOS em Janeiro é na minha casa. Vale!

Conduzi pela marginal muito devagar, o mar tinha o tal "brilhozinho" da chuva, fiz um remind dos meus pensamentos em viagem e...

Quando se é rica de afectos como eu, não ter tudo... é pouco expressivo...

O apreciar da existência...é a minha vida, a noite e o imaginário da mesma, é um fim de dia, calmo, a conversa fica ligeira, a risada fácil...

Que bom é apreciar a existência...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

a madrugada da cidade...

A madrugada de Lisboa é maravilhosa, Lisboa tem encantos muito especiais,o castelo e os miradouros, dão-nos uma imagem de uma das cidades bonitas da Europa.

Trabalho em Lisboa há mais de 40 anos e nunca como agora aprecio e saboreio esta cidade.

A "minha estação", ao ver-me chegar as 06h30, molhada e afogueada, pensou de imediato: A minha passageira da coragem..."nunca me faltou"

Os meus companheiros de viagem estão quase sempre em silêncio!!!são raras as pessoas que correm, o silêncio mantêm-se no Metro, á saída lá está diariamente o cauteleiro, impecavelmente vestido, num sussuro anuncia a lotaria.

Ainda falta 40 minutos para entrar...os meus passos são vagarosos, a correria dos últimos anos, está longe e não volta acontecer.

O café na pastelaria do costume, tem um encanto diferente, a simpatia, o hábito que se criou...

Natural de S. Pedro de Penaferrim (Sintra) saloia assumida, esta madrugada tem um cheiro característico...Não sei quantos anos vai durar!...mas o encanto da cidade está no meu olhar.

Na madrugada de lisboa, sózinha, vagueio, reflito, tiro fotos e amo o silêncio...

Bom dia...amanhã vou-te abraçar...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

aquela alegre casinha...


Os dias menos bons na minha vida, estão muito longe, estou cansada, tirei apenas 4 dias de férias, e tenho optado pelas "escapadelas"

Um dia...os meus dias vão chegar ao meu local ideal...tenho muita vida para viver, aliás todos os dias conheço... todos os dias aprendo...todos os dias são diferentes na partilha das minhas emoções.

Uma vida cheia de muita coisa, ser filha, ser mãe, ser avó e ser amiga e... ser...ser...

Os meus dias são feitos de uma mão cheia de muita coisa...

Os acontecimentos dos últimos dias, deram-me mais uma vez a razão, porque luto todos os dias "vale a pena!"

A minha escapadela do mês foi passado nas casas rurais da "ti galinha". A Maria foi buscar-me a Alcobaça. Era noite e o tempo estava frio.

Quando chegamos a casa, a salamandra estava acesa, o lume crepitava, o assado estava no ponto e a luz era intensa, naquela alegre casinha...havia muita luz...as pedras do jardim tinham o brilhozinho da chuva. O vinho era transportado na mão!

Como diz a Maria, refeição sem vinho, seria sermão pela certa!( mas tu Maria também me pregas cada um!) devia ouvir-te mais!

Que jantar maravilhoso, uma mesa prazerosa, um calor...

Faz sentido Maria Martins, mas não só tu, e são todas(0) faz sentido a amizade franca e honesta de muitos anos, faz sentido a emoção que colocamos no que fazemos...

É a paixão da sobrevivência...

Os restantes dias foram muito intensos, tempo sem tempo e o Walter! assustado com a queda!

Aquela alegre casinha...A Chuva caía, mas o calor da salamandra veio para ficar...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

a atitude...


Tantos dias sem escrever...tanta necessidade de escrever...

Como sempre tenho dito, escrever é uma das minhas vidas...

Tinha 22 anos e a morte do meu pai dilacerou uma das minhas vidas, como já escrevi , o meu pai foi o homem maravilhoso e na hora da despedida ele viu onde estava...que uma localidade lhe rendeu a homenagem.

Com a partida do meu pai, a escrita foi a presença, ela ajudou-me a superar uma dor díficil de comparar.

Sempre me isolei para estudar ou escrever, pegava em uma manta, um rádio e caminhava até junto do descampado perto da minha casa.

Uma aluna responsável, vivi a minha meninice com fantasia e a minha juventude foi irreverente, a injustiça não tinha entrada no meu vocabulário. Com 12 anos, andei á tareia com um colega no corredor da minha escola" antiga Ferreira Borges" que saudades! e...foi há 50 anos...

É a irresponsabilidade, a falta de moral, que corrói o grande afecto que é o amor...amizade...

A gratidão de uma vida na responsabilização, na partilha, faz de mim a pessoa que sou.

A minha vida é feita de tudo e sou um produto da minha vida...

A minha serenidade é uma conquista. Que o diga a Maria Martins...

Caio...fico negra...levanto-me e o amanhã, é o meu amanhã...

É a atitude...

"A semana passada, passei 3 dias nas casas rurais da "Ti Galinha" a Maria Martins é uma das únicas na forma como recebe os Seus Clientes... irei falar"

É uma questão de atitude...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

pelo sonho é que vamos...



Pelo sonho é que vamos...pelo sonho, atravessamos as sinuosas montanhas da nossa vida.

Pelo sonho...despertamos e vivemos...

Ontem foi mais um viver da minha existência. Vocês são maravilhosos.

As casas da "tia Galinha" esperam-me e mais uma vez o sonho da tranquilidade vai acontecer.

Hoje e porque viver é o sonho constante, deixo um poema de Sebastião da Gama


Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,

pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.Basta a esperança
naquilo que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.

Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.

(Sebastião da Gama)



Pelo sonho...é que vamos...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Autencidade...veracidade...identidade...



Ainda tenho presente o encanto da envolvência da noite de quinta-feira..

Há quanto tempo, não ouvia uns belos poemas ao som da guitarra, com pessoas maravilhosas, histórias de feitos, em passados recentes ou não, histórias com tanta autencidade...

Autencidade...verdade...veracidade...identidade...

A noite mal dormida, provocou algumas reflexões, sobre um passado, cujos contornos estava longe de imaginar...

O meu acreditar nas pessoas, passou a ser a miragem, onde o olhar se perde no pesadelo...

Nada se é por acaso, e neste dia em particular que fui mãe, há alguns anos, orgulho-me da mulher que sou e da mãe que sempre fui.

Sempre defendi a verdade, respeito no seu todo,o meu semelhante.

Uns dizem que sou boazinha...eu direi que sou autêntica...e a não saio do registo da minha identidade...

O respeito que tenho pela minha família e meus amigos é o da liberdade, sou igual a mim própria, verdadeira, não evoco uma moralidade que não pratico.

Dos que me fizeram sofrer e foram muito poucos, lamento por eles, porque, se alguém ganhou, fui eu e mais uma vez...

Obrigado pai, ontem na tua campa eu dei-te um beijo, sei que não te esqueces de mim...obrigada mãe, que mesmo muito velhinha, olhas para mim com um ar ternurento, quando coloco o creme no teu corpo.

E filhos...pela vossa crítica, por brincarem e "gozarem" com o que vocês chamam o meu sentido de humor, pelo Vosso amor incondicional obrigado.

Aos meus amigos, que me criticam, por ser autêntica e acreditar sempre... obrigado.

Não sei se vou mudar..o meu acreditar está neste momento com o interruptor fechado, mas nunca vou deixar de ter

Autencidade...verdade...veracidade...identidade...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

e tudo acontece...




O Outono traz a magia do cair da noite, escura e sem frio, o Verão já passou e com ele a "leveza " da vulgaridade de muita coisa, que não me vou alongar em especificar.

O meu tempo é sempre muito exíguo, mas o tempo não tem tempo, quando se trata da minha família e dos meus amigos, ontem acompanhei a minha Zézinha a 2 eventos, vou falar deles, foram mágicos...

A magia é-nos dada pela porção que colocamos nela...

Na Sociedade de Língua Portuguesa, o poeta Carlos Carranca, apresentou o seu livro "com o cachimbo de meu pai", mais um livro de autenticidade...

Em amena tertúlia, o poeta brindou-nos com a sua voz, acompanhado á guitarra por Durval Moreirinhas, os "ingredientes" da magia, criaram em todos os participantes momentos únicos...

Houve também o meu momento...mas o encanto está muito perto do desencanto, pelo que, não obrigado...

Saímos em direcção ás "portas do sol" lisboa estava cálida, sem chuva e fantasiada.

O Santiago Alquimista, estava ao rubro, a geração continua, pessoas de várias faixas etárias, ouviram e aplaudiram Adam Cohen.Que bela noite...

Quase que me atrevo a dizer, que Lisboa tinha o brilho de outras eras...

O Castelo S. Jorge olhou para nós, em uma noite que Zézinha foi de grande beleza...

O encontro está marcado...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

o caminho da vida...

Escrever, regenera, vicia, O meu blog é a minha experiência de vida e é vida.

A minha ribeira, que mesmo na noite, eu sinto o seu cheiro, dá-me a luz indispensável, para enfrentar o novo...dia.

Ontem, quando regressava a casa, o grupo de 3 pessoas que se sentou a meu lado, fez o favor de quebrar a magia do meu silêncio. Porquê gritar?

Hoje, optei por transcrever um excerto do livro o "grande ditador" de Charlie Chaplin, publicado a 15 de Outubro de 1940

"O Caminho da Vida O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido" Charles Chaplin

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

o nascer do dia...com o cantar...




Estamos a 2 meses do Natal...Um Natal para todos nós mais pobre. As contenções económicas assim o obrigam, mas...

Natal, para mim sempre foi muito bonito, não concordo em absoluto com os jantares natalícios, estamos sempre de costas para tudo e para todos e porque é Natal...telefona-se e reúne-se...

Nunca fiz parte dessa faixa, cultivo na partilha a amizade , aliás que seríamos nós, sem os nossos amigos!!!

Os meus Natais não são de consumismo, há 3 anos que optei por desligar o interruptor das compras...E esta atitude dá-me tranquilidade, olhava para as pessoas na correria e com sacos e...a minha paz aumentava.

Há 2 anos optei por renascer a meninice que há dentro de nós e comprei 3 histórias com dvd, para os meninos (24 , 33 e 36 anos)! Eles gostaram, mas eu...adorei

Hoje pela manhã ,ouvi o chilrear de pássaros e o cantar de um galo. Eram 07h30, estou em plena cidade de Lisboa e ouço no meio da escuridão, numa rua despida de pessoas este abençoar...

É Natal... e este em particular irá ser o especial, dos especiais...A Matilde " a nossa casa cheia, a nossa lotaria..." vai ser a nossa estrela maior.

Sempre adorei o Natal, a festa, a família, o presépio, a árvore. Sempre abri ás escondidas os meus presentes, sou criança...e não quero perder o meu riso de tentar descobrir o que me escondem...

O meu Natal de 2011, tem a diferença de tu existires na nossa vida...Porque tu és o despertar de um chilrear, o cantar diário...tu és a MATILDE


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

o outono... e o amanhecer...



As últimas semanas foram de alguma "paragem" no que respeita ás minhas exigências habituais, nomeadamente no que concerne á escrita.

Apesar de ter escrito no blog, houve nesta última semana (talvez devido a algumas tarefas) um vazio inexplicável...

Ontem pelas 23h, falei com 2 amigos pelo telefone e ambos questionavam se estava bem! Claro que estava...ou não estava...

Deitei-me logo a seguir ( o que também não é normal) dormi bem e hoje sinto que há uma nova manhã...

Há 10 dias que não andava de transportes públicos...cheguei cedo a Lisboa, eram 07h10 e optei por fazer a minha caminhada...

Senti-me renovada, o dia a amanhecer, uma Lisboa a despertar com poucas pessoas, foram 3 quilómetros maravilhosos...


Os meus pensamentos estavam em letargia...Valeu a pena...

Não posso parar... o Outono faz-me falta...O entardecer faz-me falta...o amanhecer faz-me muita falta...

Uma nova manhã...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

manhã...em conflito

Quando a semana passada, fui ao centro de saúde, pedir uma credencial para a minha mãe, enriqueci...mais uma vez o meu conhecimento das pessoas e da arte de "mal dizer"

As 06h30 a fila tinha mais ou menos 7 pessoas...os primeiros estavam sentados em bancos de plásticos, como se estivessem nas marchas populares, ou a assistir a um piquenique...

Face à minha limitação horária, dado que teria de entrar no serviço às 09h00, aguardei...e ouvi...
o jovem que estava de baixa há algum tempo, não podia fazer esforços...a senhora que queria mostrar umas análises, o senhor de idade que qual político sabedor, falava...falava...

A manhã que tanto me tranquiliza, estava a ser invadida pelo carrocel, que rodava, rodava, com a música em berros, onde gritavam´...

Tanta gente...tanto tempo e como diz William Skakespeare

"sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco com muito que temos"

Para uma nova manhã...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

aos meus filhos...





Como puderam verificar mudei a imagem do meu blog, por nenhuma razão especial, os meus escritos são sempre vida e amor e quis dar uma cor a esta forma de estar.

A minha querida amiga, tem sido a minha mão.

Vou estar sempre grata a quem me ajudou a caminhar, no que considero a minha paz. Ele foi o impulsionador do projecto, já lhe agradeci com um post e mais uma vez apesar de não estar presente e de não acompanhar, o meu obrigado.

Foi um dia tranquilo, um fim de semana com o casamento dos meus amigos, olhava para a Andreia e Marcelo, e o vosso amor é lindo!

E porque amor, nunca se esgota, vou falar aos meus filhos.

O Ricardo e Ana, são desde sempre os meus maiores amigos. Divorciei-me muito cedo e a cumplicidade sempre foi o porto seguro.

Aos meus filhos...com o carro carregado e de novo descarregado para os acampamentos...para a feira popular...para sair á noite...aos concertos...

Aos meus filhos, companheiros de viagem, percorrendo algumas cidades da Europa, a acampar, lembram-se do Castelo em Edimburgo?

Aos meus filhos, meus heróis, meus amigos, vocês sempre me elevaram, vocês brilham na minha vida...

O vosso amor equilibra-me , hoje ao ver a Matilde, filha do teu amor Ana, ela muito pequena, mas enche a nossa casa...ela ri, ela puxa os cabelos, ela é feliz...

Aos meus filhos, e á minha filha de paixão e coração, a minha Ana Sofia, á Matilde de todos nós, obrigada por existirem.

Vocês são a minha alma.. a minha luz...e eu sou feliz

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

sons e sentidos...

Na mesa de uma esplanada, deliciando-nos com um chá verde e um scone, a conversa era fluida, passou mais de uma hora e o sentimento era de vamos continuar...a falar....

No meio das tuas gargalhadas!!! falou-se do meu blog (falamos em tanta coisa...) parece que não...é muito fácil rir, com temas que nos dão a alma...

E o meu "viagens do pensamento" aí está, com a força do quero representar quando escrevo, a vida...

O verde da natureza, a espiga, a ribeira e o tempo...

O tempo da minha vida...nunca vai ter tempo, enquanto existir... o meu tempo é em cada dia mais éfemero...

O meu tempo deu-me este ano coisas muitas boas e outras menos boas...que em cada dia desaparecem no tempo. O meu acreditar é sempre hoje.

Para ti amiga, que do teu tempo, não tiraste tempo...mas recriaste, com a emoção que te caracteriza, o meu obrigada...tu fazes parte da água límpida da minha ribeira.

O teu "som e sentido" esteve com a "viagens do pensamento" e por sempre e para sempre, obrigada.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

a oportunidade...conhecer sempre...

Escrever é aprender, gesto diário que se torna viciante.


No meu dia a dia, os pensamentos das minhas viagens, é a terapia de quem como eu,está um dia fechado.


Na minha hora de almoço, opto" direi quase sempre" por estar sózinha, ando, sento-me no jardim, olho, observo e aprendo...

Os meus silêncios são cheios de pensamentos, por uma coisa... por um gesto...por uma pessoa...por uma vida...

Após um jantar simpático com uma amiga, falavamos das mais variadas coisas e das oportunidades que a vida nos dá. ( num mundo onde o espectro de crise é terrível), falavamos de pessoas e não de gente.

O grau comparativo de pessoas e entre pessoas, é um acto de coragem e da maior isenção, dei mais um passo na minha vida.

As Oportunidades surgiram...tu tens sido a pessoa especial, tu tens sido a pessoa. Tu e há quantos anos nos conhecemos? Há muitos...mas...tu, demonstraste que a amizade, o respeito não têm tempo,, existes e por existires o meu beijo de obrigado.

Jantar agradável Tereza, e como tu dizeste, há sempre a oportunidade...


Vou caminhar pelos meus sentidos e nunca te esqueças o amanhã...pode ser hoje...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

adeus...noite

t

Um grupo de amigas juntaram-se para festejar a despedida de solteira da nossa "Andreia".

O restaurante indiano habituado aos nossos atrasos, esperou por nós, já passava das 23h!!, e imaginem sempre com sorriso nos lábios...

Um jantar com pessoas giras, onde a gargalhada foi uma constante ( aliás a Olga onde está faz isto!!!)

Eram quase 02h00, quando caminhamos em direcção ao Bairro Alto...

Tenho lido alguma coisa sobre a "noite" e é claro que há uma mística em toda aquela gente, há uma fuga de realidade, há um desejo de encontrar o quê? não se sabe, mas a procura é incessante.

As ruas estavam carregadas de gente e de algumas pessoas, nas praças existem pseudo artistas circenses, cuja gente e pessoas não vêem!!!

Paramos na bica, se o elevador observasse os passageiros...

Optei por beber água e o meu posto foi quase sempre de observação, os sentimentos da noite, são medidos por uma unidade de força muito elevada.

A procura de algo que não tem nome, é algo...é alguma coisa...era evidente.

Ás 04h00 da manhã, deixei o meu posto de observação, caminhei para o carro, a distância era grande, pelo caminho os passageiros da noite escasseavam, as ruas cheias de cervejas vazias...

Gente que balanceava...o carrocel da vida...não sou mulher de medos, mas...

Cheguei á Praça de Alegria, entrei no carro e a alegria foi total.

Conduzia lentamente... a noite ficou para trás, adeus noite...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

o olhar...o amanhã...o futuro



Todos os dias descubro, pequenos gestos e sentimentos que estava "ainda " longe de alcançar.

A ribeira que continua seca, guarda alguns momentos de turbulência da minha vida, mas o "meu" acreditar, dá o mote para um Outono cheio de luz...de cair de flor...mas sempre cheio de sol.


Um Outubro, que atrevo a dizer, é "talvez" o mais calmo desde há muitos anos, as experiências vividas, deram-me a tal "luz" que tanto ambicionava.


Na terça-feira, um jantar de um grupo de 9 mulheres, com uma saída nocturna até de madrugada, irá ser o tema do meu próximo post.


Hoje vou transcrever um excerto de Jose Luis Peixoto- "nenhum olhar"


" Deixa-me descansar... Deixa-me adormecer sem temer encontrar-te! E o mundo acabou. Inexplicavelmente, ou sem uma explicação que possa ser dita e entendida. O mundo acabou, como num instante em que se fechassem os olhos e não se visse sequer o que se vê com os olhos fechados. (...). O mundo acabou e nem o tempo prosseguiu. Os minutos não passavam porque não existiam, como não existiam os momentos ou os olhares. O infinito era o infinito de não ser nem infinito, nem nada. A morte não existia no meio de todas as coisas mortas. Não existiam os cadáveres. Tinha morrido a memória da morte. (...). O mundo acabou. E não ficou nada. Nem as certezas. Nem as sombras. Nem as cinzas. Nem os gestos. Nem as palavras. Nem o amor. Nem o lume. Nem o céu. Nem os caminhos. Nem o passado. Nem as ideias. Nem o fumo. O mundo acabou. E não ficou nada. Nenhum sorriso. Nenhum pensamento. Nenhuma esperança. Nenhum consolo. Nenhum olhar"


Olhar Outono...todos os olhares...


É Outubro , É Outono...vou olhar...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

viver a vida...sempre.




O tempo é célere, esvoaça nos pensamentos, que um dos meus receios, é não ter tempo de ter tempo.

Vivo sempre intensamente tudo o que faço, na medida existencial, a minha é sempre cheia.

Desgasta e o grande objectivo que defino todos os dias, é o tal tempo tão essencial à qualidade de vida que projectei.

Sempre disse, que sou uma pessoa feliz, rica de afectos, com amor e amizade em doses suficientes, que me dão a tranquilidade indispensável, para colmatar a falta de tempo na "minha" vida existencial.

É viver dentro da vida e não ao lado da vida...

Na passada segunda-feira, recebi um telefonema de um amigo, que não consegui atender. Passado uma hora respondi.

Do lado de lá estava o meu amigo, um homem de uma sensibilidade, um artista, um questionável, numa voz pouco perceptível disse " tenho medo de morrer, estou mal e quero dizer-te que gosto muito de ti...não quero morrer sem te dizer...".

Quando ouvimos de uma pessoa como tu, esta frase, tudo tem sentido...

A existência existe...a vida é vida...tu deste a oportunidade que mereces á tua vida.

A médica que te assistiu e que te operou, premiou-te com a tua "lotaria". tu mereces!

Quando na quinta-feira, passei pelo hospital, tinhas renascido, tinhas cor, tinhas alegria,
falavas em projectos, tu eras vida...

O nosso entendimento é para sempre, quem "cria" como tu, quem gosta de pessoas como tu, quem gosta de animais como tu, o prémio é teu...

A honestidade e a integridade de um ser humano, é medida pela grandeza e simplicidade.

Quem tem a capacidade de perdoar como tu, quem ama como tu, a oportunidade de vida, é a recompensa da tua vida.

Parabéns Sérgio...e...vou caminhar contigo...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

a tranquilidade...








Após uma semana intensa de trabalho. Estava já programado uma ida a Serro Ventoso.

A tranquilidade da casa da "ti Galinha" na Serra dos Candeeiros, a grande vontade de estar com os amigos, a reflexão, foi o propósito, mas...

As surpresas não pararam de acontecer!... A última vez que tive na "tia galinha", em 28 de Agosto, apesar do clima ser o melhor, a minha tristeza era evidente, sofria de um mal, que por ser mal, teria de ser curado...

Os pensamentos atormentavam e a lágrima era uma constante, as Marias ajudaram e muito.

A tranquilidade chegou...e com ela tudo acontece. Plutarco disse " é preciso viver, não apenas existir"

O meu filho, dizia exactamente esta frase, quando percorríamos na sexta feira, a exposição Sintrartes " Lumina", que espectáculo maravilhoso de luz ,cor e música!

A chegada a Porto de Mós, o almoço bem disposto... o bacalhau e o vinho... o plantar a relva...!

A noite chegou e mais uma vez a paz apoderou-se de mim. O repouso da guerreira...

Uma segunda, com passagem por Fátima e o caminhar até Lisboa.

A Tranquilidade...obrigada por chegares...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

o mar...a serra...pessoas...

Os úlitmos meses tem sido profícuos dos maios variados acontecimentos.

Este País maravilhoso de sol resplandecente, serras que no seu alto nos abraçam, mar tranquilizante, tem no seu activo a essência, a luz da vida.

O meu Portugal, a nação que nos serve de berço, é vilipendiada de uma forma gratuita, que dói.

É chique, tal como tenho afirmado dizer-se mal, jornais e telejornais são a prova deste estado "pouca uva, muito sumo e como tal fraco e sem sabor!"

Neste fim de semana passei por um centro comercial na minha zona de residência, para efectivar uma troca.

Ao entrar, eram 17H o susto foi terrível, gente, gente e mais gente, sacos de compras....

Não passei do piso, em 15 minutos, no máximo fiz a troca e saí, a confusão invadiu-me, mas...porquê numa tarde de sol!!!

Como é dado a observar, não sou uma cliente de grandes áreas. Há lojas específicas que gosto e porque essas, só existem nos grandes espaços, vou, mas de imediato encaminho-me para o exterior.

Prefiro o comércio tradicional, gosto de ver pessoas na rua, gosto de apanhar sol...chuva... vento...frio..., gosto de sentir...

Precisava de retirar da minha mente aquela gente, não era Natal, porquê?. Fui à "minha "praia, não havia gente, só 4 pessoas admiravam o mar maravilhoso.

Ali fiquei, em pouco tempo serenei, a paz que tanto luto por ela, entrou na minha alma.

A Proximidade de um domingo e segunda, na tranquilidade de Serro Ventoso, carrega não só pessoas, como também gente...

A amizade é o mar e a serra...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

coisas...e o dia 20...

Estava longe de escrever num blog, quando um amigo criou a concepção criativa (eternamente grata), este passou a fazer parte dos pensamentos das viagens.

Tenho alguns rascunhos de passagens da minha vida, no meu livro branco.

Em uma pasta, que na lomba, coloquei a etiqueta de "coisas...sentimentais e morais..." existe a dor... mas existe a grande alegria que é a minha vida.

A pasta foi amarelecida pelo tempo, mantêm-se guardada e há pouco tempo, reli um ou outro manuscrito, e encontrei na mesma, um dia importante, o dia 20.

O dia 20, sempre foi o dia da mudança. Há alguns anos que não relembrava este dia...

O subconsciente e o poder do mesmo, levaram-me a este dia...determinação.

Dormi bem...estou bem...aproxima-se um fim de semana divertido com amigos...a despedida de solteira da amiga...

É dia 20, o meu dia...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

lake...o meu fiel amigo...




Lake, ontem do nada, dei por mim a pensar em ti e na tua grandeza, as saudades que me assolam, quando falo de ti são enormes.

Tu sempre foste um nobre meu cão, estiveste 16 anos connosco e partiste no dia seguinte a uma festa, onde tu mimaste as pessoas com o teu doce olhar, brincaste e ficaste feliz com a casa cheia de pessoas.

No dia 1 de Novembro, há cerca de 2 anos, esperaste que eu acordasse, para te levar ao hospital.

Obrigado Lake pela tua compreensão, eu e o Zé agradecemos o teu carinho, Ah...continuas lá por casa, as tuas fotos estão em toda a casa.

Antes de ti Lake, já tinha desaparecido a Kika, lembras-te da cadelinha da rua que tratavamos, fazíamos comer e quando foi atropelada, íamos levar ao veterinário todos os dias.

a Kika partiu naquele domingo, depois de a deixar no veterinário e agradecida pelo meu apoio, da D. Custódia e da Céu.

Quando a Queen apareceu na União e a Maria a foi buscar, ela herdou desde a tua cama, á tua capa. A Queen é a docura. A liberdade da Queen é ilimitada, salta pelas quintas e volta cansada, feliz e agradecida pela nova vida que a Maria lhe deu. A minha "afilhada" é uma rainha!!!

Ontem tive saudades do "meu "cão, do meu "Dom". O seu olhar ternurento fascinava-me, um companheiro que quando me via, brindava-me com os seus saltos...

Tu "Dom" és um cão que vou amar sempre.

Os meus fiéis amigos, a diferença na existência de todos nós.

Saber escutar...compreender...não criticar...e amar...

Obrigado meu cão...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

utopia...o sonho de sonhar...

Quando ontem saí do trabalho, optei por fazer uma pausa para saborear o meu "chá verde" .

Na falta de casa de chá, associada a uma esplanada nesta zona da cidade (Saldanha), fez com que optasse por um atrium de um centro comercial, onde ao fim do dia e ao almoço tocam piano.

Uma das sonatas de Schubert embalava o meu "fim de dia", uma exposição de fotografia, subordinada ao tema "Utopia", os murais pintados no espaço com imagens e cores fortes, a palavra "emotions" escrita nos mesmos, criou o sonho de sonhar...a utopia...

O utopismo, pode ser uma vida...um futuro fantasioso...um imaginário...

Pode referir-se a um mundo...que não existe, a um lugar, o espaço , o nosso espaço de vida. Aquele foi o meu tempo...

Havia gente...mas...havia pessoas, vi sentimentos, vi encontros, vi afectos, vi sorrisos, era um fim de dia, de pessoas que optaram por estar naquele atrium, contrariando o "jogo da noite".

Era escuro, encaminhei-me para casa, o telefonema recebido ao chegar à "minha estação" foi o âmago.

Ainda a tempo, passei pelo restaurante, entre amigos, sobrinhos e filho, senti-me muito bem. O sonho de sonhar...e acreditar, o imaginário está dentro de nós, e nós somos aquilo que criamos e fazemos.

"Pode-se dizer, sem receio de erro, que a utopia é consubstancial à condição humana. Ninguém realiza sem sonhar." (Josué Montello)

Utopia...o sonho de sonhar...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

setembro...o mês...

Quando ontem no meu post, desejava que o Setembro chegasse, estava no íncio do
" regresso às aulas!!!"

O "regresso às aulas" é desculpa de muita coisa, e começa logo pela manhã, anúncios sem sentido, onde a locutora de uma estação de rádio, que admiro, falava publicitando um anúncio, sobre roupa, do género ( a saia nova, os calções ao preço de x...)!!!

Estou na caixa de atm e na fila, estão jovens que falam da vulgaridade, da massagem que fizeram, da menina com quem "transaram" das férias, da piscina, etc, etc.

O trânsito está o caos, a irritação apoderou-se ainda mais do vulgar comum.

O país está numa crise profunda.

Vozes que gritam... que perderam a paciência...perderam o sorriso...perderam a capacidade de amar...

O comboio está cheio de gente, que por ser gente não olha, nem sabe para onde vai, só sabe que vai...

Na passada quinta-feira num programa da Antena 3, um locutor não falava de anúncios, o tema era o "riso".

Dizia este que, a falta de rir, é um sinal de pouco inteligência!!! vale o que vale, mas...se não transmitirmos aos nossos filhos, aos nossos amigos, ao nosso companheiro, que viver é importante e que o sorriso nos pode ajudar a enfrentar, talvez...!

Apoio incondicionalmente os programas de optimismo, que muitas escolas estão a desenvolver.

O Setembro é um mês de transição de estação, o tempo é ameno e gosto...

Na minha caminhada de 3 quilómetros, pelas 07h10 da manhã, a calmia e a brisa fizeram-me bem, colmataram a grande confusão do dia de ontem.

Uma palavra para ti Maria, foi pesado e divertido...

Uma palavra especial para elevar a Grande Natália Correia, foi a 13 de Setembro.

Setembro vai ser um mês especial na minha vida...a calmia vai acontecer.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

agosto...sim. agosto não...



O mês de Agosto sempre foi na minha vida, um mês de acontecimentos.

Casei em Agosto há 40 anos, sempre achei que era o meu grande amor, mas...a história é feita de romances...Após 18 anos, o inevitável aconteceu,a separação.

Do passado ficou a história de amor, 2 filhos muito desejados alguns dissabores, mas...após a tempestade vem a bonança e uma relação amigável de muito respeito.

Quando partiste Zé, foste tranquilo, talvez por issso tenhas escolhido a tua morte durante o sono.

Sabes que vou ser sempre a tua amiga.

Foi nessa altura, que juntamente com os meus filhos, companheiros de viagem, amor e muita alegria percorremos uma pequena parte do grande Mundo.

Um grupo muito bonito, que gostaria de voltar a encontrar. foi um Agosto sim...

Quando em 13 de Agosto, caíu uma arena pré montada em Amareleja, foi um Agosto não.... estava em férias numa das aldeias maiores de Portugal ( considerada até ao século XX) e foi um verdadeiro pesadelo.

Em 25 Agosto de 1988, o Chiado ardeu, estava em Londres e as notícias eram escassas, mas Agosto não...

Alguns acontecimentos criaram em mim, um mês de Agosto de "insomma, nom mi piace"

Mais um Agosto de acontecimentos, que a crise acentuou, mas... a capacidade de amar e regenerar criou o antídoto.

Passou Agosto. não...

Setembro estou a abraçar-te...



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

passagens...






A vida de todos nós é feita de passagens...A minha tem inúmeraa passagens, talvez por ser a filha de um homem, que muito me ensinou a amar.

E é sempre pelo amor no seu todo, que os sentimentos confluem na pessoa que sou.

Todas as pessoas, que passaram pela minha vida são importantes, deram-me ferramentas para eu crescer como ser humano.

Nunca vivi ao lado da vida, mas sempre dentro da vida, não tenho queixumes...não tenho revolta...Tenho um amor recebido e retribuído pelas mais variadas passagens de vida.

O meu pai, a minha mãe, os meus filhos extraordinários e responsáveis, os meus afectos, todos eles contribuiram para eu ter dentro de mim um forte sentido, de que o meu dia de amanhã vai ser outro.

A minha família dá-me a Luz para a minha luta diária. Os meus amigos mimam-me.

Estão reunidos os condimentos do tempero da minha vida. Das passagens turbulentas, na busca de justificação, opto pela ignorância. Não sei...mas se assim é, teria de ser...

É a passagem da vida, acreditar que a próxima passagem irá ser bonita. Vai ter mar... vai ter verde...vai ter riso...vai ter verdade...vai ter amor.

Na vida só se perde o que se tem...quando a essência não existe!...

Encontro na minha vida, a toda a hora, pequenos gestos, que me dão sentido para as mais diversas passagens.

Vou continuar, a luz está comigo. Serenamentente, vou atravessar a minha passagem...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

um novo dia...




As viagens do pensamento estão sempre comigo. Ontem passei por vários locais, um dia que vou pautar por um novo dia...

Tirei o dia, aliás...ganhei parte do meu dia.

Saí de casa cedo, mas queria aproveitar para "ganhar o dia", gestão de crise...crise e desgraça que serve de mote para todas as conversas.

Passei pelo "meu " lugar de culto, necessitava do silêncio e de me encontrar. A Igreja matriz tem muitas histórias da minha vida, não é Sofia?. Amo-te.

Já na margem sul e a um local que nunca tinha visitado- Seixal, fiquei maravilhada.

Eram 10h00, não havia ninguém junto ao rio, este abraçou-me e encantou de tal forma que vou voltar.

Cheguei a Lisboa " mais um murro no estômago" com as novidades que estavam à minha espera!

Crise!!! mas o tempo era curto e há que retemperar as energias.

O almoço estava agendado com um amigo, que tasquinha gira, na esplanada onde imperava mais o silêncio do que o barulho, falavamos do tudo. Amigo com tantas horas de companheirismo! (lembras-te do Badoca, e do meu amuo contigo, Mónica e Kátia)

O tempo foi célere e tu mereces este estado de tranquilidade. Não é por acaso a tua vida e os teus câes.

Mais um porto que não é seguro, finanças e aí o "muro" estava ao rubro. Há que pagar, há nestes locais histórias que não são de todo de encantar.

A mensagem que tanto esperava chegou, eram 15.55.19, um novo dia...

Na minha última paragem pelo ginásio. Saí olhava em redor, lá estava a minha estação á esquerda, os ciprestes e a expectativa do contacto do novo dia...

Questões- emoções-verdades- Há sempre na minha vida, um novo dia...

Vou esperar. Um novo dia...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

a ti...pai.

Quando há alguns anos o meu filho nasceu, um amigo juntou um cartão ao presente que dizia "

Quando tu nasceste todos sorriram, só tu choraste, faz com que a tua vida seja de tal forma, que quando morreres, todos chorem, só tu sorrias."

Este cartão tem acompanhado a minha vida. Sou filha de um homem muito especial, que partiu muito cedo, tenho do meu pai as melhores recordações. Há 41 anos que partiu da vida...mas sempre presente na minha vida.

Morrer de coração...é morrer por amar...

Hoje pai resolvi falar contigo, tens sido o meu companheiro não estás presente, mas estás comigo, tu proteges-me, tu ajudas-me, tu encaminhas-me. Como tu sabes vou visitar-te com regularidade, mas... não era necessário. Tu estás sempre aqui.

Pai foste o Melhor Homem que conheci. Tu tinhas sempre uma palavra amiga para os teus empregados, tu tinhas uma relação em família incomparável, tu eras o companheiro do futebol, do ciclismo...O nosso Sporting... tu Pai... (lembras-te do motociclo).

Quando em 12 de Outubro de 1970, te deixaste dormir após um jantar de família, levaste muito amor e deixaste ainda mais...

Obrigado Pai sempre foste especial. Estarás sempre comigo

" A tua vida foi de tal forma que quando tu morrestes, todos choraram... só tu sorrias."

Conto contigo pai...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

contra...porque sim...porque não...




Quem tem uma vivência como a minha, através dos mais variados canais, aprende...ou talvez não...no contacto ocasional nas viagens do meu dia a dia.

Ser do contra é chique...dizer mal tornou-se moda, diz-se mal do tudo e até do nada.

As relações sejam elas quais sejam, tem no seu activo um deficit, que muito díficil supera o activo.

O acreditar deixou de fazer sentido, a crítica surge, o silêncio impera e fica-se do contra.

Não se sabe o que se tem, mas também não se avalia, e não se quer saber o que não se têm e... fica-se do contra.

Como é óbvio não sou do contra...acredito. Critico-me pelo que dou e critico-me pelo que não dou.
Os meus silêncios na observação traz a dor. A dor de quem não respeita, a dor de olhar e observar que estamos a perder a essência da vida. O Amar.

O olhar...O riso...O respeito...O amar...onde estão?

As pessoas são contra...o dizer mal sistematicamente, o olhar dilacerante, o desrespeito, o ar sisudo, a falta do amor.

Relações conturbadas, médias que exploram o que de mais negativo existem na procura de números. Porque não acreditar que o amor pode existir.

Eu acredito e por muitos "amargos" vou continuar a acreditar e a sorrir. Ser do contra...porque sim...porque não...

Porque não...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

a...luz








As viagens constantes da nossa vida, criam mudanças que podem ir de depressão a optimização.

Há um ponto intermédio e a agulha leva-nos onde está o peso. Falando de mim e como tu sabes, é para a luz... E a luz é a força a determinação a verdade.

Saí de casa mais cedo e optei por fazer o percurso a pé para a estação. São 6h15. É noite, mas há luz...desci várias escadas, o cheiro da manhã entrava na minha alma, o canto das galinhas e o chilrear dos passaros, encheu-me de luz....

A luz é essencial á minha vida, o respeito pelos outros, a amizade, o amor, a companhia, são percursos da minha vida, que me trazem "amargos de boca" mas também uma grande felicidade e mais uma vez a agulha pendeu, o lado bom da minha vida.

Ontem foi mais um dia de luz, o choro aconteceu mas...vai haver sempre luz.

A minha ribeira , os meus cavalos acolhem-me e dão a luz que tanto necessito.

Cheguei a Lisboa, optei por caminhar a pé a luz acompanhou-me

Obrigada a ti

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

a noite...




Após 3 semanas a conduzir diariamente a minha viatura para lisboa( não esquecer que sou eu que conduzo...), voltei à minha estação.

Eram 06h30 e noite... E apesar de não ver a ribeira, a noite despertou outro sentimento.

É na noite que os sentimentos fluem com outra intensidade... O Luar de uma noite pode ser o sonho, mas...também pode ser o ínicio do pesadelo. Fico no sonho, sou optimista e contínuo a sonhar que o meu dia...um dia...vai ser dia.

Talvez devido á minha vida profissional ( em determinada época) fazia viagens semanais de cerca de 800kms, sempre de noite, encontrei nas minhas viagens, acontecimentos que hoje tem um forte significado.

Várias vezes estacionei a minha viatura, em sítios estratégios onde cheguei a ficar (cerca de 1 hora) a absorver uma paisagem, o mar ficava a meus pés e a serra ao meu lado.

O mar sempre foi um grande companheiro da minha vida, associado a um luar que me fascinava.

Nunca foi para me isolar, mas... para me inspirar. O meu mar da Costa da Caparica e de S. Pedro de Estoril, tem o meu sorriso...tem a minha lágrima.... É o meu desafio.

Era na noite que percorria o areal. Estava sempre só, aliás nunca estava só...a noite, o luar e os meus pensamentos acompanhavam.

As minhas histórias...o meu mar...a minha noite...

Obrigado Matilde por existires...vou ter histórias para contar...


Na noite , as vidas têm outra dimensão.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

ha..existe...


O meu blog foi criado para transcrever os pensamentos das minhas viagens.

Alguém muito especial na minha vida, fez a sua concepção criativa, de imediato apaixonei-me pela imagem que ele começou a representar na minha vida.

O "viagens do pensamento" tornou-se o haver e o ter , nos relatos da vida. As questões...As presenças...As emoções...

Para ti que criaste este blog, que me deste esta "ferramenta" de expressar os meus sentimentos.

Obrigado ha...existe. Esta página é para ti...




quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Encantamento...Desencantamento...


Não há explicações mágicas para o encantamento. Ele aparece e acontece.

O encantamento tem as cores do arco íris e coloca-nos quase sempre muito perto do "céu". Viver é intenso , a cor tem cor, nunca é cinzento e é sempre Verão.

Perdurar o encantamento faz parte da sobrevivência. Não tem idade, todos podem e devem fazer. Perdurar o encantamento é fazer da nossa vida, um dia com alegria, apesar de todas as tristezas. É acordar fazer uma análise e despertar...com alegria, com fé. O Acreditar.

Por porções provenientes do nada, o iniciar do desencantamento instala-se. Não partilho em nada que o " silêncio é de ouro" não é verdade o silêncio corroi, o silêncio torna-nos tristes, pensativos, amargos e a "porção" tem a porta aberta e como tal entrou....

E... agora? há porção mágica? Sempre defendi que a vida tem uma história, tal como um livro, ( o que fazemos se retirarmos páginas) estamos a extirpar.

o Desencantamento ficou sem cor, sem luz, é cinzento, pode ser Inverno, mas é sempre frio e ventoso.

Sou avessa ao desencantamento. A frontalidade o meu formato. Não sei viver desencantada, quero sentir sempre o sonho de encantar .

A capacidade de regenerar é o meu sonho. Acredito sempre " um dia vai chegar..."

Encantamento, estou à tua espera...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

a ti pai...


Quando há alguns anos o meu filho nasceu, um amigo juntou um cartão ao presente que dizia

" Quando tu nasceste todos sorriram, só tu choraste, faz com que a tua vida seja de tal forma, que quando morreres, todos chorem, só tu sorrias."

Este cartão tem acompanhado a minha vida. Sou filha de um homem muito especial, que partiu muito cedo, tenho do meu pai as melhores recordações. Há 41 anos que partiu da vida...mas sempre presente na minha vida.

Morrer de coração...é morrer por amar...

Hoje pai resolvi falar contigo, tens sido o meu companheiro não estás presente, mas estás comigo, tu proteges-me, tu ajudas-me, tu encaminhas-me.

Como tu sabes vou visitar-te com regularidade, mas... não era necessário. Tu estás sempre aqui.

Pai foste o Homem Melhor que conheci. Tu tinhas sempre uma palavra amiga para os teus empregados, tu tinhas uma relação em família incomparável, tu eras o companheiro do futebol, do ciclismo...O nosso Sporting... tu Pai... (lembras-te do motociclo)

Quando em 12 de Outubro de 1970, te deixaste dormir após um jantar de família, levaste muito amor e deixaste ainda mais...

Obrigado Pai sempre foste especial. Estarás sempre comigo

" A tua vida foi de tal forma que quando tu morrestes, todos choraram... só tu sorrias."

Conto contigo pai...


terça-feira, 26 de julho de 2011

regresso

Tal como afirmei no meu ultimo escrito, voltei ao campo.

Madrugada fria, tempo cinzento e é Verão!


Saboreei este regresso segundo a segundo, desde o estacionar a viatura, subir as escadarias e o repouso no meu lugar na carruagem ( direi mesmo que aguarda sempre a minha chegada)

O comboio partiu e como sempre fico agarrada a esta paisagem. Que tranquilidade, nem tudo estava como eu tinha deixado, há longos dias, os cavalos ausentaram-se, um carro estacionado no meio daquele espaço verde cortava alguma beleza e á ribeira faltava água.

A água elemento indispensável á minha vida, embora seja do signo terra.

Na minha última viagem em um dos dias, fui ao mar.

Embarcamos pelas 19h e saímos ao largo, os Comandantes dirigiam o barco para o "meu" mundo.

Ali estava tranquila a sonhar contigo, o meu mar abraçou-me, preciso dele como da minha vida. Aquele fim de tarde, trouxe algo de novo à minha existência, a vontade de mudar.

Um fim de dia adocicado e as sardinhas...e o vinho...

Espera por mim...

domingo, 24 de julho de 2011

A grande viagem....

Desde a festa, passaram-se muitos dias, os acontecimentos da minha vida foram tantos ...

Numa destas viagens, fui até à Casa de Fernando Pessoa, passei pelo quarto do "desassossego" e sem eu querer obtive uma grande prova. O amor.

Olhei para o quarto, desci para a rua e chorei, os meus pensamentos estavam bem longe de aquele local, o meu dessassossego trouxe à minha alma, um sentimento que eu própria colocava em questão. o Amor.

Os pensamentos da vida são tão questionáveis. Porque será que estamos sempre a querer o que não existe, a complicar a simplicidade de um amor no seu todo. O meu processo de crescimento tem nos últimos dias da minha longa viagem, um só rumo, descomplicar. Ser feliz.

Em uma das minhas paragens, reunimo-nos num domingo especial com as minhas amigas de 9 de Março ( imediato a nossa amizade) as Marias, Martins e de Sá, que dia especial, a alegria do encontro, o chá confortante bebido na pergula. Serro Ventoso está de parabéns com as casas de "ti galinha"

Um dos últimos percursos fiquei 5 dias, o encanto acompanhou, talvez nem sempre. mas nem sempre é uma forma. Estou feliz

Estou de regresso, triste pelos acontecimentos com amigos, triste pela ausência de quase tudo...menos um pouco,do que quero,para ser feliz.

Cheguei e optei pela mudança. Tristeza não quero, sou feliz, aliás sempre disse e ultimamente ausentava-me desse estado.

De novo look! renovei a atitude.

Tirei o Camaleão, vou voltar ao meu campo, aos cavalos e á ribeira.

E não te esqueças...espera por mim...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A festa


São dias a pensar na festa.. A festa é tema de quase todas as conversas que acontecem.

Como um grande acontecimento, a festa chegou... o acto eleitoral acabou, o dia de Portugal ficou para trás, e a festa... chegou.

O mar estava à minha frente, reluzente como uma pérola, uma noite de luar, um mar que entrava na nossa alma de uma forma intensa.

Estou na festa olho em redor, música trepidente, com níveis de decibéis elevados, copos com líquido na mão, cigarros na outra , o corpo mexer-se e o mar....

De costas para o mar reluzente, estavam todos ou quase todos, um ondular que nos preenche, uma água tépida, uma areia quente pelo calor do dia.

Eram 0 horas, mantinha-me no meu lugar, sentada numa espreguiçadeira, olhava para ele, depois de estar em contacto com ele e encantava-o o seu brilho.

Há quanto tempo eu não via um mar com aquele brilho. Ele abraçou-me, acarinhou-me e protegeu-me da música estridente.

Veio o discurso, simples com paixão, de um homem que é líder, mas que põe as emoções nas suas palavras. A sua simplicidade é a sua liderança ( curiosamente, encontrei-o a olhar para mar..)

Mantive o posto de observação, sorri, menos efusiva do que o habitual, mas triste.

Porque não olharam e acariciaram aquele mar!!!!

Futilidades, líquidos, cigarros, corpos que mexem e de vez em quando o beijo de ocasião.

Rapidamente saí a festa acabou, o mar não foi acarinhado, eu amei-o.

Eram 01h3o resolvi deixar-te até breve, vou voltar para te ver reluzente como te vi

Obrigado meu mar.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

o regresso


Nada é por acaso... nas minhas viagens o processo de aprendizagem é de uma riqueza e em paralelo,este estado questionável tem sido vivido com dor que estava longe de sentir.

Nada é por acaso...é claramente o meu encontro e a clarificação dos valores, que pautam a minha vida até à presente.

Qualquer mudança dói e este crescimento e o analisar de quem, o quê e porquê,está a criar algo de bom em mim. O meu Crescer.

Ontem, quando conduzia até à estação que me traz até Lisboa, encontrei um cenário quase perfeito, não fosse o meu estado de alma.

O cão sentado na esquina da rua, com um porte que me fascinou. Um cão vadio e livre, que me olhou quando passei de carro. Vi mais 2 e o fascínio por cães, esses belos animais!( perdi o meu há 2 anos. que dor...)

Os cães cuja liberdade amor e indiferença conquistam-me. O seu amor ao dono é de uma grandeza, o seu amor é incondicional, irracional , mas verdadeiro.

E ontem , lá estavam os "meus" cavalos. Entrei no comboio e deparo com o Arco Iris.

Obrigado arco iris por apareceres sobre as gotas de chuva, com o céu a brilhar.

As 7 cores desta ilusão de óptica deram-me um rumo. Vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, indigo e violeta. Segundo a mitologia grega, iris era uma deusa, que exercia a função de arauto divino. O encaminhar

Arco-íris, arco-celeste, utilizado em muitas histórias comtemporâneas, um deles sempre actual como o " o feiticeiro de Oz", deu-me a luz para o encontro e o desejo de ser feliz. Estão as cores da vida.

Nada é por acaso...os cavalos regressaram à ribeira e ao pasto.



sexta-feira, 3 de junho de 2011

a mudança


Ainda em tumulto, mas a recuperar após algumas horas de meditação.

Como é essencial na nossa vida o meditar e reflectir. Pobres dos que não pensam, não se questionam.... e não sabem da sua pobreza.

Ao fim de muitos anos da minha vida, sinto-me seguidora de uma frase de Tom Peters que evocava com alguma regularidade.

No presente, " sem paixão, não há sobrevivência", tem o sentido de diferença.

A ribeira irá reduzir o seu caudal de água, mas o ciclo vai permitir que se encha de novo.

Um dia de cada vez, o acreditar que a paixão que me envolve no meu todo, faz com que sobreviva, ao desencanto de quem acreditei.

A semana que se aproxima, vai ser de mudança, eu acredito, trabalho o pensamento ao longo das minhas viagens.

Talvez mais distante, mas é necessário aclarar a água turva da ribeira, soltar os cavalos e ver as pessoas a correr.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

a reflexão...


Entramos em Junho e apesar de estarmos a meio do ano, tudo decorre igual, aliás nos últimos dias a minha ribeira sente-se da ausência dos cavalos, tal como eu.

Eles fazem-me falta, há 2 dias que os procuro, será que optaram, tal como eu, por estarem em reflexão?

Dias conturbados, com uns massmedia cheios de politica de ocasião, que recuso a ouvir, seja qual for. Vaidade, arrogância, humildade de disfarce. Apesar de me ausentar desta feira de ocasião, ela tenta entrar, mas recuso.

Talvez por isso, os meus cavalos optaram pela ausência.

No dia que se institui " dia da criança", gostaria muito de estar nesse estado.

Corre velozmente e o tempo não tem trazido nada de novo, pelo passar dos dias e pelo receio, sem ser medo, os cavalos deveriam voltar.