domingo, 29 de maio de 2011

claro que sim...claro que não...


Quem me conhece, sabe que a minha vida é vivida sempre em preto ou branco.

Quem me conhece, sabe que o silêncio, no meu caso não é de ouro. Frases curtas na expectativa de que, amanhã será melhor.

As minhas viagens de pensamento, estão como a ribeira que me acompanha, pouca água e esta turva ou suja.

Ao olhar, lá estão as minhas emoções, intensas, mas sofridas; o caudal não é suficiente para eliminar as poeiras

A distancia à minha ribeira é curta, mas deveria ser longa, para retirar da mesma, o que se coloca dentro e não se consegue retirar... espalhou-se no dia a dia, no silêncio, na fuga.

Deixou de ser preto ou branco, é cinzento

A ribeira espalha a minha dor, de não conseguir retirar as folhas secas que se acumulam.

Claro que sim....Claro que não.......

O tempo dirá, as nuvens talvez passem, o Verão está a chegar.


terça-feira, 24 de maio de 2011

O Sol


Quando caminhava em direcção ao transporte, que tem inspirado na minha vida momentos inexcedíveis, de frente estava aquele Sol de tamanho irreal.

Na impossibilidade de o fixar, o pensamento do dia foi para Ele.

Sol, obrigado por existires na minha vida. Sol, por me abraçares todos os dias, mesmo quando não te escondes, obrigado Sol, pelas reflexões que os dois temos feito, quando estamos sózinhos na praia, porque só te vejo a ti.

Sol, porque fazes parte da minha vida e me dás a luz indispensável. Obrigado

Hoje, fizeste bem, quando entendeste que precisava de ti às 06h30; foste brilhante e deste-me o teu brilho.

Encaminhaste para mais um dia de pensamentos de viagem e de paixão.

Fazes-me feliz, obrigado por existires

Sol, tu és o único!


segunda-feira, 23 de maio de 2011

a idade do tempo


Após mais um fim de semana, o penúltimo de Maio.
O tal mês que tanto gosto. Vou hoje escrever sobre o passado e o presente, o futuro como será, amanhã logo se vê....

Ontem, quando acompanhava a minha mãe, olhei para ela e fiquei em reflexão; doeu e criou em mim um pensamento, de como tudo se perde e tudo se transforma! Transforma-se, com a inexorável passagem do tempo.

Os seus 89 anos são tão lentos, como se quisesse retardar os passos da vida.

Relembrei o passado e a Mulher cheia de garra, autoritária, mas com um coração do tamanho do mundo, está agora indefesa, medindo os passos num processo lento, vagarosamente lento, cansada de tudo e do nada.

Nesta viagem, sei que dou o melhor , com alegria que me caracteriza.

Para ti mãe, que a nossa viagem vá até onde o pensamento dos deixar.

Na última semana, fui feliz, aliás sou feliz, o que me incomoda, não é suficiente para tirar o meu estado de alma. E tu sabes.

A minha viagem está no início, vou estar ao teu lado, o tempo, o tal tempo que escasseia e que nos foge, escorregadio na ribeira do meu caminho. chego lá, e apanho-o com a energia que quero dar aos meus passos.

Caminhar e ousar, que o tempo é tempo, mas que a vida é para viver.

O meu pensamento vai estar contigo.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

a intriga do silêncio


No fim de uma semana, marcada por acontecimentos agradáveis e desagradáveis, deixa-me em reflexão.

A vivência de seres humanos, que optam por estragar,seja o que for, sem razão aparente e até despropositada, coloca-me sempre em alerta de que os habitantes deste mundo, estão desenquadrados e devem viver em conflito.

Os pobres de mente, não atravessam montanhas, não correm pela ribeira, não riem, não sabem contar uma história, não amam.

O gosto, segundo estes, de dizer mal e fazer mal é de tal maneira intenso, que olho para eles, quando se deixam ver e o sentimento que me apraz dizer, é só um . Amem

O amor, é o remédio de muitos males, rica de afectos e carinhos, ao longo da minha viagem, os pensamentos sempre foram dirigidos para a capacidade de tornar menos feio, aquilo que me rodeia.

A reflexão indispensável, enquanto desço a avenida, nos meus silencios, no olhar daqueles que se cruzam comigo, no anoitecer. O anoitecer dá-me a tranquilidade essencial, para o recomeço do amanhã.

Deixei de ler e se leio não sei se leio, deixei de ouvir. Pobres de mente... Amem.

Eu amo , a minha viagem não tem tempo, o meu pensamento comanda.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

a viagem da mudança

O pensamento em viagens, é algumas vezes tão fugaz, que a expectativa fica aquém do pensamento, tão éfemero que a luz que brilha no pensamento, foge sem que eu consiga agarrar.

Volto ao silêncio e recupero a bola do brilho. è linda, tal qual lua cheia que me faz questionar tanta coisa.

Foram horas de viagem e hoje ao acordar, quis experimentar a brisa da madrugada.

Eram 06h20, optei por deixar o carro à porta de casa, trouxe uns sapatos práticos para reforço e comodidade, os essenciais!!!! vieram na mala. Que mania estar sempre de saltos altos!!!

Desci escadas, atravessei a ribeira, a ponte metálica, o verde e logo a seguir estão os meus cavalos. Que prazer!.

Em 3 dias consecutivos, atravesso campos de verde, planicies e paisagens que dão a tranquilidade a qualquer ser.

Silêncio, o silêncio de quem não quer falar do essencial. Refuto tanto o barulho, mas será que o silêncio é de ouro, ou é para alguns casos o disfarce de quem não quer .

No meio da ponte metálica, no tronco de uma árvore mergulhada na ribeira, havia uma tabuleta com esta inserção " Mudanças... 96...."

Mudanças!! Pobres os que não mudam, pobres os que não fazem barulho e o Silêncio!!

Calcei os sapatos altos, deixei o verde, estou na cidade, o verde acompanha a minha vida

quarta-feira, 11 de maio de 2011

o intruso

Maio, é o meu mês , falta pouco para o Verão, onde o Sol nos dá a cor essencial e o brilho indispensável às nossas vidas.

Acordei com magia, bem disposta, os acontecimentos de ontem deixaram-me particularmente feliz, mas eis que....

No transporte habitual, e como é a estação de origem, reparei no passageiro, que me acompanha até á estação turbulenta.

Diariamente às 06h30, eu e ele estamos lá, absorvida nas minhas viagens, ele é indiferente.

O passageiro, olha sempre com ar curioso, hoje particularizou o seu olhar, saiu do lugar para me incomodar, frente a mim, olhava e os seus olhos não diziam nada.

Quem é ele? Um dos passageiros no dia a dia em que nos cruzamos, que se tem alma, não identificamos.

Passageiros de dia e de noite, que não se questionam, que passam ao lado da vida. Será que amam?, e se amam! sabem amar?

Nas minhas viagens do pensamento, a aprendizagem do nada tem sido constante, em busca da alma vou continuar e o dia há-de chegar

Vi os meus cavalos e os loucos do footing também lá andavam, mas a passagem foi éfemera, o passageiro estava lá!

terça-feira, 10 de maio de 2011

saudade

A transmitir para as viagens do pensamento, emoções e afectos, é a liberdade que estou a conquistar e a segurança que esta página feita com tanto amor me está a dar.

Obrigado a ti , que me obrigas e me despertas para as minhas viagens.

Hoje olhei de forma diferente, para o meu percurso, talvez ainda desperta do meu caminhar de 1 hora no meio da avenida.

Tento sempre encostar-me à janela virada para uma zona verde que me acompanha até à próxima estação " esta turbulenta", aquele caminho já foi percorrido por mim, tantas vezes no meu desporto de fim do dia e hoje ao olhar fiquei com imensas saudades de o tocar, de sentar-me no tronco caído, que quase diria, foi ali colocado para eu usar.

O cair do sol, as pessoas em grupo, a criança que jogava à bola com o pai, as hortas, tudo estava comigo, caminhava isoladamente, mas com um mundo de emoções, sempre a meu lado e neste mundo havia os 2 cavalos que indiferentes á minha corrida, ali estavam a olhar para os loucos do footing.

hoje vi os meus cavalos e constatei que as hortas estão lindas, a primavera faz estes milagres, dá-nos sol, flores e hortas feitas por gente, que aproveita todos os cantos, para semear os seus produtos.

O meu lugar de estratégia, no transporte habitual vai continuar, de costas ,a visualizar e a emocionar-me, os cavalos são lindos e estão tranquilos, as hortas estão produtivas, a água corre na ribeira.

Este local é maravilhoso, amanhã estarei lá.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A idade traz-nos questões, que por muita racionalidade e equilibrio que tenhamos, questionamos e questionamos....

Ao olhar às 05h50 da manhã, para um dia claro e limpo, a primeira questão estava no meu olhar à janela.

Um despertar mais questionável do que o normal. Ao entrar no transporte habitual, olhei em volta, a geração headphones! novos e velhos aderem ao escutar e ouvir, isolando-se do essencial.

A essencialidade da vida, o adormecimento natural, o silêncio da vida. Para onde vamos?

O transporte é tão só o que se passa na vida de todos nós.

"Como foi o teu dia? " " Bem!" " O que queres para jantar? " Qualquer coisa!!!"

A vida é o qualquer coisa de alguns e o alguma coisa de outros

Os Auscultadores, o ouvir, o escutar e onde está o falar? onde nos questionamos? onde intervimos?

Não sei para onde vou....sei que não vou por aí.