A ribeira que continua seca, guarda alguns momentos de turbulência da minha vida, mas o "meu" acreditar, dá o mote para um Outono cheio de luz...de cair de flor...mas sempre cheio de sol.
Um Outubro, que atrevo a dizer, é "talvez" o mais calmo desde há muitos anos, as experiências vividas, deram-me a tal "luz" que tanto ambicionava.
Na terça-feira, um jantar de um grupo de 9 mulheres, com uma saída nocturna até de madrugada, irá ser o tema do meu próximo post.
Hoje vou transcrever um excerto de Jose Luis Peixoto- "nenhum olhar"
" Deixa-me descansar... Deixa-me adormecer sem temer encontrar-te! E o mundo acabou. Inexplicavelmente, ou sem uma explicação que possa ser dita e entendida. O mundo acabou, como num instante em que se fechassem os olhos e não se visse sequer o que se vê com os olhos fechados. (...). O mundo acabou e nem o tempo prosseguiu. Os minutos não passavam porque não existiam, como não existiam os momentos ou os olhares. O infinito era o infinito de não ser nem infinito, nem nada. A morte não existia no meio de todas as coisas mortas. Não existiam os cadáveres. Tinha morrido a memória da morte. (...). O mundo acabou. E não ficou nada. Nem as certezas. Nem as sombras. Nem as cinzas. Nem os gestos. Nem as palavras. Nem o amor. Nem o lume. Nem o céu. Nem os caminhos. Nem o passado. Nem as ideias. Nem o fumo. O mundo acabou. E não ficou nada. Nenhum sorriso. Nenhum pensamento. Nenhuma esperança. Nenhum consolo. Nenhum olhar"
Olhar Outono...todos os olhares...
É Outubro , É Outono...vou olhar...
Finalmente é o momento!
ResponderEliminarFinalmente, é o momento de vir aqui, há um tempo, uma quimica, talvez um instante unico no universo, para que tudo aconteça. Há um momento para ser feliz, e outro para ser infeliz; há um momento para rir, e outro para chorar; háum momento para morrer, e toda uma vida para viver!
Talvez seja agora o momento de renascer, de olhar-mos para um amanhã, e fazermos dele um dia melhor que o de hoje, é agora o momento de AMAR, e sonhar como se a vida fosse eterna!
Mãe, adoro-te!