terça-feira, 29 de novembro de 2011

o mar do tempo...


Adquirir o bem estar interior, são passos morosos e nem sempre atíngiveis.

O equílibrio pode ser passageiro e na maioria assim é. Não falo de felicidade, que essa é um acto de conquista diário, mas...o tal bem estar que nos transporta a um extase imaginável.

O meu mar em S. Pedro do Estoril, conhece tudo de mim, os meus choros, a minha tristeza e a minha felicidade, conhece o meu ar sombrio e os meus sorrisos. O meu mar com o seu sussurar ouve numa música que nos embala, o contar de algumas histórias.

O "dia" é efectivamente uma história para contar e celebrar. O "dia" não tem dia específico, não tem tempo, mas tem um tempo.

Um tempo com alma, um tempo de partilha, um tempo de amar.

Esse tempo irá acompanhar-me na minha história para contar. Os passos são lentos, vividos, saboreados.

O tempo é aragem...é frio...é calor...é sempre luz...

Não era para falar de um caso, que vou evocar, o caso do Sousa. O Sousa acompanha-me algumas vezes no blog. Atravessou um período menos bom, que está a recuperar, é a pessoa especial, os " teus amigos"... que sorriem e que dão a tal força...aguardam com olhos de lince, a tua queda...para te devorarem.

Sousa, a vida é um livro, com ínicio, meio e fim, não fujas a esta questão, não procures o impossível, no possível encontra espaço e dialoga. Eu estarei a teu lado e o teu telefonema disse isso.

O tempo é o mestre da vida...

domingo, 27 de novembro de 2011

o ano da mudança...









Entrei em 2011, com uma mão cheia de coisas para realizar. Os acontecimentos recentes tinham criado alguma imaginação...mas o imaginário, tal como o seu significado, é hipotético...ilusório.

A minha amiga Husseim, diz sempre, que só se desilude, quem se ilude, e o acto de ilusão é a miragem que se perde...

O que encontrei no ano que está quase a acabar, foi a realização de factos e conhecimentos muito longe de esperar e que me encheram de luz, de brilho e de cor.

A Matilde apareceu nas nossas vidas e sózinha enche qualquer casa, uma Rainha de boa disposição e com um sorriso sempre presente. A felicidade da Matilde é visível, ela pertence a uma família feliz. Parabéns pais.

A amizade solidificou-se com muita intensidade. O apoio é constante e hoje não vivo sem ele.

A amizade é inesgotável e os conhecimentos recentes, dão-me uma parte de paz, que tanto ambicionava.

Ontem quando a Sofia apareceu no meu emprego de fim de semana e me deu a grande novidade, encheu-me de orgulho.

O meu cunho Sofia está também em ti, tu pela tua luta, tinhas que ter o melhor

O ano foi assombrado pela morte do Zé, mas tu meu amigo, pai dos meus filhos, estavas em paz e nós vamos sempre olhar para ti.

Estou feliz, sou feliz, a minha vida é feita de cor...brilho...luz...

A Maya vai estar connosco e seremos felizes

O ano da mudança...acreditar sempre

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

a luz...

A luz...essencial á vida, é em cada dia que passa uma réstea, que desperdiçamos de uma forma gratuita...

A minha família e os meus "verdadeiros"amigos, conhecem-me e sabem que a minha vida sempre pautou, por valores muito exigentes. Sempre dei sem limites, sem pensar na troca, a minha história de vida é feita de tanta coisa...

Ao sair do emprego, caminho vagarosamente, a Praça do Rossio é o meu palco, a luz , as pessoas, o conflito, uma praça onde existe tudo,desde alguem que passa por nós e nos dá um abraço, porque...todos os dias são dias de abraço, ao pedinte, que alheio á praça, dorme sobre um edredon vermelho.

São os pensamentos e a reflexão de um dia, que me acompanham, é análise fria, de quem só sabe olhar para si, é o sorriso e a gargalhada dos contactos telefónicos, o saborear de quem me adoça...

E as minhas Marias...são poucas, mas enchem a minha existência, e tu amiga... de serviço nocturno, tens uma gargalhada gira...

Eu quero acreditar que um dia, a minha praça vai estar cheia de abraços, que haverá pessoas e luz...

As noites nunca são iguais...são cheias de luz...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ter tempo...é a vitória da vida...

Rossio Lisboa - estação de comboios





Um fim de semana, mergulhado como habitualmente em trabalho!! mas...sempre com tempo...

"Um dia..." vou acalmar, é essencial, quem me conhece, mas ... sabem da minha paixão em tudo o que faço. Nunca vivo ao lado das coisas, vivo dentro das coisas...

Uma sexta-feira caótica de trânsito, com chuvas torrenciais, e um jantarinho em família (tardio), no entanto muito "caliente".

Xia, tinha tantas, mas tantas saudades tuas...desde a tua doçura ao teu feitiozinho, como sempre disse a "Rainha Isabel II, é chinelo". Nunca esqueças amor, tu , tens a magia na alma e vais conseguir ter tudo...

Gostei muito dos passos de dança " meio pimba"!!! e logo veio á memoria, as nossas férias Tunisinas...

Na quinta-feira, num encontro dentro da hora com a Zézinha, sentadas num banco de pedra, frente à estação do Rossio, eram 18h, o fim da tarde era luminoso, as luz do projector da palmeira, iluminavam os nossos rostos.

Entre um chocolate, fotos e muitos risos, optamos por ir jantar. Quando entramos na sala do restaurante "Bonjardim" o primeiro a assar frangos no espeto em Lisboa, eram 18h40, a tradição ás vezes é o que é...

O frango, as batatas., o esparregado, o vinho...e claro, a celebérrima tarte de maçã com chantilly...um local de tradição, um atendimento muito atento e simpático.

Zézinha, uma das minhas companheiras de viagem...o teu riso e a tua amizade encheram a praça...

Ter tempo...é a vitória da vida...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

um dia...e razão porque é essencial...






Um dia...












No dia 21 Dezembro 2010, recebi de presente o livro "Um dia" de David Nicholls, deveria eternizar aquele " dia"

"Foi para mim um dia memorável, pois exerceu sobre mim grandes mudanças. Mas o mesmo sucede em qualquer vida. Imagine eliminar-lhe um determinado dia e pense no quão o seu curso teria sido " uma das frases de Charles Dickens.

O meu "um dia " acompanhou-me nas minhas viagens do pensamento, no silêncio, no almoço fugaz, no telefonema, um dia...percebi que quando se é especial, é-se especial para sempre.

Olhava o mar da "foz do Lisandro" e...o dia tinha a magia, apesar de o livro da violência, do ultraje, da vida...


A minha mãe evoca repetidamente, o que aconteceu aquando do meu nascimento " uma cama muito bonita , onde a gata entendeu ser a sua cama, para o nascimento das suas crias". Vou perceber um dia...porquê?, não é causa...é o efeito...

O meu dia existe, quando tu... e tu... e tu entendem, telefonam, dão força, tiram do trabalho em 30 minutos para o almoço fugaz. Quando a intensidade e o brilho tem sempre sol.


"Para que são os dias?
É nos dias que vivemos
Chegam, acordam-nos
Vezes e mais vezes
São para sermos felizes neles
Onde havemos de viver senão nos dias?"
Philip Larkin


Onde havemos de viver senão nos dias...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

o apreciar da existência...

"uma nota dos Prazeres da carne- o descobrir e a existência..."


O apreciar da existência dos bens...é um bem que cultivo no meu dia a dia.

Este dia a dia é feito sempre de muita coisa, e a minha medida de tempo é célere.

No sábado, um grupo de amigos juntamo-nos para jantar, trabalhei todo o dia, estava constipada e chovia, o risco era médio, face ás minhas condições físicas, mas...

Jantar nos "prazeres da carne" é maravilhoso. O restaurante é sobre o mar do guincho, com uma envolvência soberba. Chovia bastante, estava frio, mas...a degustação, o ambiente da sala, os troncos, o calor e os risos da "amiga" Olga, fazem todo o resto.

A minha noite não tinha acabado, debaixo de chuva, tirei fotos, ouvia-se o mar e o encantamento mantinha-se, para os meus AMIGOS em Janeiro é na minha casa. Vale!

Conduzi pela marginal muito devagar, o mar tinha o tal "brilhozinho" da chuva, fiz um remind dos meus pensamentos em viagem e...

Quando se é rica de afectos como eu, não ter tudo... é pouco expressivo...

O apreciar da existência...é a minha vida, a noite e o imaginário da mesma, é um fim de dia, calmo, a conversa fica ligeira, a risada fácil...

Que bom é apreciar a existência...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

a madrugada da cidade...

A madrugada de Lisboa é maravilhosa, Lisboa tem encantos muito especiais,o castelo e os miradouros, dão-nos uma imagem de uma das cidades bonitas da Europa.

Trabalho em Lisboa há mais de 40 anos e nunca como agora aprecio e saboreio esta cidade.

A "minha estação", ao ver-me chegar as 06h30, molhada e afogueada, pensou de imediato: A minha passageira da coragem..."nunca me faltou"

Os meus companheiros de viagem estão quase sempre em silêncio!!!são raras as pessoas que correm, o silêncio mantêm-se no Metro, á saída lá está diariamente o cauteleiro, impecavelmente vestido, num sussuro anuncia a lotaria.

Ainda falta 40 minutos para entrar...os meus passos são vagarosos, a correria dos últimos anos, está longe e não volta acontecer.

O café na pastelaria do costume, tem um encanto diferente, a simpatia, o hábito que se criou...

Natural de S. Pedro de Penaferrim (Sintra) saloia assumida, esta madrugada tem um cheiro característico...Não sei quantos anos vai durar!...mas o encanto da cidade está no meu olhar.

Na madrugada de lisboa, sózinha, vagueio, reflito, tiro fotos e amo o silêncio...

Bom dia...amanhã vou-te abraçar...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

aquela alegre casinha...


Os dias menos bons na minha vida, estão muito longe, estou cansada, tirei apenas 4 dias de férias, e tenho optado pelas "escapadelas"

Um dia...os meus dias vão chegar ao meu local ideal...tenho muita vida para viver, aliás todos os dias conheço... todos os dias aprendo...todos os dias são diferentes na partilha das minhas emoções.

Uma vida cheia de muita coisa, ser filha, ser mãe, ser avó e ser amiga e... ser...ser...

Os meus dias são feitos de uma mão cheia de muita coisa...

Os acontecimentos dos últimos dias, deram-me mais uma vez a razão, porque luto todos os dias "vale a pena!"

A minha escapadela do mês foi passado nas casas rurais da "ti galinha". A Maria foi buscar-me a Alcobaça. Era noite e o tempo estava frio.

Quando chegamos a casa, a salamandra estava acesa, o lume crepitava, o assado estava no ponto e a luz era intensa, naquela alegre casinha...havia muita luz...as pedras do jardim tinham o brilhozinho da chuva. O vinho era transportado na mão!

Como diz a Maria, refeição sem vinho, seria sermão pela certa!( mas tu Maria também me pregas cada um!) devia ouvir-te mais!

Que jantar maravilhoso, uma mesa prazerosa, um calor...

Faz sentido Maria Martins, mas não só tu, e são todas(0) faz sentido a amizade franca e honesta de muitos anos, faz sentido a emoção que colocamos no que fazemos...

É a paixão da sobrevivência...

Os restantes dias foram muito intensos, tempo sem tempo e o Walter! assustado com a queda!

Aquela alegre casinha...A Chuva caía, mas o calor da salamandra veio para ficar...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

a atitude...


Tantos dias sem escrever...tanta necessidade de escrever...

Como sempre tenho dito, escrever é uma das minhas vidas...

Tinha 22 anos e a morte do meu pai dilacerou uma das minhas vidas, como já escrevi , o meu pai foi o homem maravilhoso e na hora da despedida ele viu onde estava...que uma localidade lhe rendeu a homenagem.

Com a partida do meu pai, a escrita foi a presença, ela ajudou-me a superar uma dor díficil de comparar.

Sempre me isolei para estudar ou escrever, pegava em uma manta, um rádio e caminhava até junto do descampado perto da minha casa.

Uma aluna responsável, vivi a minha meninice com fantasia e a minha juventude foi irreverente, a injustiça não tinha entrada no meu vocabulário. Com 12 anos, andei á tareia com um colega no corredor da minha escola" antiga Ferreira Borges" que saudades! e...foi há 50 anos...

É a irresponsabilidade, a falta de moral, que corrói o grande afecto que é o amor...amizade...

A gratidão de uma vida na responsabilização, na partilha, faz de mim a pessoa que sou.

A minha vida é feita de tudo e sou um produto da minha vida...

A minha serenidade é uma conquista. Que o diga a Maria Martins...

Caio...fico negra...levanto-me e o amanhã, é o meu amanhã...

É a atitude...

"A semana passada, passei 3 dias nas casas rurais da "Ti Galinha" a Maria Martins é uma das únicas na forma como recebe os Seus Clientes... irei falar"

É uma questão de atitude...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

pelo sonho é que vamos...



Pelo sonho é que vamos...pelo sonho, atravessamos as sinuosas montanhas da nossa vida.

Pelo sonho...despertamos e vivemos...

Ontem foi mais um viver da minha existência. Vocês são maravilhosos.

As casas da "tia Galinha" esperam-me e mais uma vez o sonho da tranquilidade vai acontecer.

Hoje e porque viver é o sonho constante, deixo um poema de Sebastião da Gama


Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,

pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.Basta a esperança
naquilo que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.

Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.

(Sebastião da Gama)



Pelo sonho...é que vamos...